Pensar uma idéia é difícil. Dar conta das possibilidades e interdições que dizem respeito ao movimento e a intenção da idéia.
Terreno inusitado de acertos e erros, que compõem além da idéia, o corpo e a mente – também o espírito daqueles que são possuídos pela idéia. Não somos nós que as temos, são elas (as idéias) que nos habitam e transformam.
Mover o corpo, a mente e o espírito por tal terreno não é tarefa fácil, visto que o processo se dá na maquinação quase febril e fantástica do ato de pensar. Pensar como ato de criação.
E criar é incrivelmente perigoso. O ato de criação é um risco, uma atitude que provoca oscilações, do mero e indelével sussurro da brisa que afaga e refresca ao poderoso movimento dos vendavais que arrasam as certezas e põe em cheque formas de ver, pensar e agir. Criar é perigoso. Mas é necessário. É imprescindível ao espírito humano.
Foi tendo em vista todas essas implicações que nos arriscamos neste projeto ao qual denominamos CATAVENTO.
O movimento. O ar. As transformações. As velocidades. O vento.
Nas buscas de temas, nomes, títulos para a identificação do projeto, a palavra catavento, sem hífen, sugerida pela professora Fernanda Botelho foi a que melhor “abraçou” nossas intenções.
O catavento traz a metáfora do movimento constante, movimento que nesta constância, abarca várias velocidades. Sugerindo as transformações e seu tempo devido. O homem e o mundo em movimento de transformação, de re-criação.
Mais ainda, a imagem do catavento trás além dessa imagem, muitas outras. O catavento em seu movimento tem o poder de arejar, soprar entre as frestas de nossa existência novos ares. Vento-idéia que pode – se permitirmos – remover conceitos antiquados e conservadores sobre as coisas e homens. Soprar esperanças e espalhar idéias repletas de arte; arte que se proponha a fazer pensar e questionar, que busque o sensível e o humano e que sugira uma vida baseada em uma estética nova, centrada numa visão histórica que dê a entender o homem e sua atuação temporal na sociedade, buscando analisar e compreender essa ação através da compreensão de que nosso corpo social é formado de passado, presente e futuro. E que é dentro desta avaliação que decidiremos o porvir de nossas existências. E por fim, neste movimento e no rumor das hastes do cata vento, propor através da linguagem, um novo discurso, uma fala e uma escrita que sejam capazes de articular com todas as áreas do conhecimento formas de expressão que sirvam para produzir – mesmo que indeléveis – crescimentos criativos, intelectuais e sensíveis no homem.
Catavento é o blog dos professores, funcionários e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas da cidade de Pedro Osório, mas está aberto a toda a comunidade e se propõe a divulgar os trabalhos de professores e alunos, realizações da escola, debates sobre temas pertinentes. Mas, além disso, tem como objetivo abrir uma porta para uma dimensão de cultura e informação que possam inspirar todas as pessoas que pensam a educação.
Amalgama de idéias e ideologias, o Catavento se propõe a ventar nos corpos e mentes daqueles que se permitirem atravessar pela inspiração eólica.
O Catavento é uma idéia em expansão, e necessitará do apoio e compreensão de toda a comunidade escolar. A satisfação total é algo ideal. E o ideal como todos sabem pertence ao âmbito das aspirações e sonhos. Satisfazer a todos realmente é impossível, mas com calma e cuidado, carinho e criatividade tentaremos nos aproximar o máximo possível dos anseios de todos.
Mover os braços no ar. Buscar nos espaços impossíveis a possibilidade da criação. Girar o corpo em movimento. Dança balé. Ritual de transformação. Ouvir no esforço dos braços e da alma, o som de singular e possível canção. No esforço dos braços o inusitado sussurro de vozes que irmanadas ao vento sejam capazes de movimentar, elevar e fazer pensar.
Pretensão?
Ronie Von Rosa Martins
gvm é a escola maravilhosa eu e minha professora e os meus colegas fizemos un trabalho do floclore
ResponderExcluiradoramos nossa escola
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