Pelotas Cultural IV: Parque da Baronesa


Parque da Baronesa.
Aqui o povo se “esbaldou”, além de ouvir e ver a história do lugar, fizemos um belo lanche e descansamos um pouco. Sombra e beleza não faltaram:

Localização: Av. Domingos de Almeida, n.º 1490.

Horário de funcionamento:

Terça a Sexta - 13:00 às 17h 30

Sábados, Domingos e Feriados - 14:00 às 18:00 - Telefone: (53) 228 4606

Atividades oferecidas:

Visitação ao museu : Neste local encontramos registrada toda a opulência vivida por Pelotas durante o século XIX. Valores e riquezas foram preservados num acervo que conta com objetos como: mobília de mogno, enxovais ricamente bordados, vestuário de época, leques, baús e bibelôs. Grande parte das peças mostradas no museu fazem parte do acervo doado por Lourdes Noronha Coelho Borges e Adail Bento da Costa, este último um artista e colecionador pelotense.

Obs.: Para utilizar somente o parque não é cobrada entrada.

Um pouco da história

Construção: séc. XIX

Situadas nas periferias das vilas e cidades, as chácaras representavam uma opção de moradia para as famílias abastadas, pois reuniam o que havia de melhor entre a vida rural e a urbana da época.

Em 1863, o Cel. Aníbal Antunes Maciel, adquiriu de Vicente Aurélio Prates, essa propriedade para presentear seu filho - Aníbal Antunes Maciel, por ocasião do casamento deste com Amélia Hartley de Brito (1864), carioca de nascimento e inglesa por descendência.

O jovem casal transferiu-se do Rio de Janeiro para Pelotas e, durante os 23 anos de matrimônio, tratou de melhorar as condições da chácara. Ampliou-a e transformou-a numa construção de base quadrada, com pátio central, encimada por uma camarinha. Do lado esquerdo e interligada ao solar, em uma varanda decorada com lambrequins, foi edificado o salão de festas (capela). Nos fundos, foi construída a magnífica torre de banhos (apresenta azulejos europeus e banheira com fundo de mármore). O solar é uma obra arquitetônica cuja beleza reside na harmoniosa convivência entre os estilos neoclássico e colonial brasileiro. Ocupa uma área de aproximadamente 7 hectares, e uma construção de 820 m² , com 22 peças e um pátio interno com algibe que serviu para abastecer de água o solar.

Contornando todo o conjunto, foram cultivados vários jardins: um ao gosto françês (rígido e simétrico pelo desenho dos canteiros, chafariz e elementos decorativos) e um ao gosto inglês (pitoresco, com uma gruta labirintiforme construída com pedras superpostas, com interior em pedras de quartzo, vindas de carroça de Quaraí. Na sua cúpula, foi gravado o nome da primeira anfitriã: Amélia, a Baronesa dos Três Serros.

A água canalizada da gruta forma dois lagos. Sobre estes, pontes rústicas. Também foi erguido um "castelinho" para acolher coelhos e pombos).

Aníbal Antunes Maciel, ganhou notoriedade pela alforria concedida a seus escravos, em 1884, muito antes da Lei Áurea, fato que o fez ser agraciado com o título de Barão dos Três Serros, por decreto do Imperador Dom Pedro II. Faleceu três anos depois, aos 49 anos. A baronesa viúva permaneceu mais alguns anos em Pelotas, transferindo-se definitivamente para o Rio de Janeiro, em 1899.

D. Amélia Harthey Antunes Maciel , "Sinhá Amélinha", era conhecida também por sua bondade. Esta grande dama tornou conhecida à chácara dos barões como o "Solar da Baronesa". A última moradora foi Déa Antunes Maciel, neta dos barões.

O prédio foi restaurado, e entregue a comunidade Pelotense em 1982, como Museu Municipal Parque da Baronesa. Possui um acervo de mais de mil peças destacando-se uma coleção de móveis e acessórios pertencentes à família Antunes Maciel e uma coleção pertencente ao artista plástico Adail Bento Costa, com móveis, leques, porcelanas, pratarias, armários, paramentos, vestes, fardas militares e imagens de madeira.


Ronie Von Rosa Martins

Fonte: http://www.turismo.pelotasvip.com.br/arquivos/museu_da_baronesa.htm





Comentários

Postar um comentário